quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Decididamente, uma desgraça nunca vem só


Ultimamente é só maus acontecimentos que geram acontecimentos piores. Acho que se acontecer mais alguma coisa eu já nem vou estranhar...

Como arranjar motivação, esperança e vontade quando tudo nos parece fadado a correr mal? Quando parece que estamos com o peso do mundo em cima? Quando apesar de todos nos dizerem que acreditam em nós e nas nossas capacidades, nós não conseguimos acreditar que as temos ou que sejamos capazes?

...é...parece que isto vai ser muito complicado e que a nuvem negra vai permanecer por mais algum tempo...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Detesto gente malcriada e homens porcos, daqueles que no olhar já são nojentos e cujas palavras não ficam atrás...faz-me urticaria, da forte!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Já tinha ouvido histórias do género mas nunca contadas na primeira pessoa


Hoje uma amiga contou-me que outrora tinha "desprezado" um rapaz que gostava dela porque ele era mais novo, "atitudes de adolescência" disse ela. Mais tarde descobriu que estava a ser "parva" e apercebeu-se que os sentimentos dela por ele tinham crescido, embora longe ela estava determinada a que eles tivessem uma hipótese, a distância podia fazer com que isso não resulta-se mas primeiro tinha de tentar. Resolveu contar-lhe o que sentia quando se volta-sem a encontrar. E quando passado alguns dias após ter tomado essa decisão ela se encontrava a caminho da cidade que ambos partilhavam, um amigo em comum liga-lhe e conta-lhe que ele tinha sofrido um acidente e tinha falecido.

Ouvir esta história contada na primeira pessoa mexeu comigo como nenhuma outra havia feito. Por vezes, deixamo-nos andar, envolver por preconceitos idiotas, medos enraizados e toda uma outra parafernália de sentimentos adjacentes ao crescimento humano que nos esquecemos de escutar o básico, o essencial...aquilo que sentimos verdadeiramente e que, mesmo confuso, está lá e é fácil de perceber. Devemos assim deixar palavras por dizer e momentos por viver devido a estes medos e ideias pré-concebidas que a sociedade nos impinge?
Deveremos nós tomar por impulso os sentimentos que estão a flor da pele?

Seria bom que no meio de todas as vivências e crescimento a espontaneidade, a simplicidade e a capacidade de dizermos tudo aquilo que sentimos como acontece quando somos crianças, não desaparecesse ou fosse camuflado ao longo da vida.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Hora

Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.

Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.

E dormem mil gestos nos meus dedos.

Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.

Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.

E de novo caminho para o mar.



Sophia de Mello Breyner Andresen


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sabe bem ler...


“Todos os anos, à volta da mesa festiva do Dia de Acção de Graças, ele contava a história de uma noite que passou no hospital, em que acordou e viu as almas dos seus entes queridos, que já haviam falecido, sentadas à beira da cama, à sua espera. Lembrar-me-ei sempre dessa história. Lembrar-me-ei sempre dele.

Toda a gente tem uma ideia do Céu, como a tem a maioria das religiões, e todas devem ser respeitadas. A versão que aqui apresento é apenas um palpite, um desejo, de certo modo, de que o meu tio e outras pessoas como ele – pessoas que se sentiram pouco importantes aqui na Terra – percebam, finalmente, o quão importantes e amadas foram.”


In As Cinco Pessoas Que Encontramos No Céu de Mitch Albom

terça-feira, 22 de junho de 2010

...Sorrisos...

A Fine Frenzy (Alison Monro)


Há aqueles dias em que se fica assim, com um sorriso "estúpido" na cara, podemos não ter feito nada de especial, podemos ter ficado aquém das expectativas...mas "há razões que a própria razão desconhece"*...e hoje não há razão especial para o sorriso que aqui habita...talvez o simples facto de a paz, mal ou bem, reinar para estes lados.

*Pascal, Blaise. Pensées, 1670

quinta-feira, 17 de junho de 2010


A limpar as teias de aranha de um blogue esquecido no tempo...

...e aproveitando para fazer aqui uma extreme-makeover: blog edition